FELIZ 2009?

MAU COMEÇO NOS AEROPORTOS



Começou mal a Operação Feliz 2009, do Ministério da Defesa e da Agência Nacional de Aviação Civil, que tenta evitar, neste fim de ano, a reedição do caos nos aeroportos. Por causa de falhas técnicas da Gol e da Infraero, os passageiros tiveram que enfrentar muitos atrasos de vôos e longas filas no check-in, principalmente nos aeroportos de Guarulhos e Brasília.

No primeiro fim de semana da Operação Feliz 2009, deflagrada pelo Ministério da Defesa e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os passageiros voltaram a enfrentar esperas e longas filas nos aeroportos, apesar da promessa feita pelo governo de que, neste período de fim de ano, seriam evitados atrasos e a repetição do caos aéreo verificado em 2006. Ontem, do total de 1.432 vôos previstos entre meia-noite e 20h, 26,1% sofreram atrasos de mais de meia hora. No sábado, os atrasos chegaram a 40% das decolagens previstas, provocando problemas em diversos aeroportos do país e dando um indício do que pode vir pela frente.

De acordo com dados da Infraero, estatal responsável pela administração dos aeroportos, a maior responsável pelo volume de atrasos foi a companhia aérea Gol. Ontem, dos 433 vôos da empresa previstos até as 20h, 46,4% tiveram atrasos. Sábado, esse percentual foi ainda maior: 61% dos aviões da Gol saíram pelo menos 30 minutos depois do horário. Na busca por responsáveis pelos transtornos, a Gol e a Infraero trocaram acusações. A divergência girou em torno dos problemas nas esteiras de bagagens do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que até as 20h de ontem registrava 32% de vôos fora do horário.

Em nota, a Gol explicou que os atrasos nos seus vôos foram motivados por "um defeito nas esteiras de bagagens do terminal da Infraero", que fez com que as primeiras decolagens do domingo em Guarulhos saíssem cerca de uma hora depois do horário. Além disso, explicou que um problema de conexão entre duas empresas de telecomunicações que prestam serviços à companhia "deixou inoperante o sistema de atendimento aos passageiros em algumas posições de check-in no Aeroporto Internacional de Guarulhos".

De acordo com a companhia aérea, o sistema de atendimento foi normalizado por volta das 9h da manhã. A nota salientava ainda que a Infraero já estava "consertando as esteiras de bagagens".

Anac diz que emitiu 8 autos de infração
Em resposta, a Infraero acusou a Gol de sobrecarregar o equipamento por 18 minutos na manhã de ontem: "O problema ocasionado foi em virtude da má utilização da esteira pelos funcionários da empresa aérea. A empresa sabe que existe um peso máximo permitido pelo fabricante das esteiras e, se não utilizadas de maneira correta, pode vir a acontecer uma paralisação momentânea", diz nota oficial da estatal.

Ainda assim, a Infraero descartou que o problema tenha relação direta com os atrasos. Segundo a nota, a paralisação das esteiras não teve relevância, "até mesmo porque a manutenção nem precisou ser acionada, conforme equipe técnica de plantão no Aeroporto de Guarulhos". Na nota, a estatal alfinetou a companhia: "A Infraero alerta para que a Gol reforce o treinamento de seus funcionários".

No sábado, outro problema técnico foi apontado como razão para os atrasos: uma pane no sistema automático de despacho das aeronaves da Gol. Ontem à noite, a Agência Nacional e Aviação Civil (Anac) divulgou nota admitindo que o índice de atrasos no primeiro fim de semana da operação Feliz 2009 "se agravou em relação à média que vinha sendo registrada no mês". A agência soltou um balanço informando que emitiu oito autos de infração, em razão da falta de assistência a passageiros de vôos cancelados (casos da Iberia, TAP e American Airlines), informação deficiente sobre troca de portão de embarque (TAM), preterição de passageiros (Gol e TAM), bagagem desacompanhada (OceanAir) e atraso no ônibus para o desembarque remoto (Infraero). Os fiscais da Anac estão "infiltrados" dentro das salas de embarque, desembarque, nos balcões de check-in e nos centros operacionais.

- O que a agência quer no momento é resolver o problema do passageiro - afirmou um funcionário da assessoria da Anac.

A nota informa que o superintendente de Segurança Operacional da Anac, Carlos Eduardo Magalhães da Silveira Pellegrino, esteve no Centro de Controle de Operações da Gol/Varig e identificou que, sábado, a companhia ficou sem energia elétrica por falha técnica no gerador, o que dificultou o check-in em todo o Brasil.

Numa comparação pura e simples com os dados divulgados em 2007, os atrasos deste fim de semana são maiores do que os contabilizados no último fim de semana antes do Natal do ano passado. Chegaram a 40% no sábado contra 33% no sábado de 2007 e 26,1% neste domingo contra 16% no domingo do ano passado. Mas a Infraero se apressou em divulgar uma nota, no início da noite, alegando que ano passado computava apenas os atrasos de uma hora ou mais. Este ano, o atraso é computado a partir de 30 minutos.

Assim, fazendo a mesma comparação, segundo a Infraero, os atrasos de 2007 foram maiores. Se no sábado o atraso médio foi de 40,37%, na mesma data de 2007, o índice ficou em 76,1% (atrasos a partir de 30 minutos). A empresa também comparou os dados até o meio-dia de ontem, que contabilizam apenas 20,6% de retardo, aos números correspondentes de 2007, cujo índice alcançou 35,7%. No final do dia, os atrasos já chegavam a 26,1% dos vôos.

A avaliação oficial é de que o domingo foi um dia um pouco mais tranqüilo se comparado com a sexta-feira e o sábado. Os atrasos de ontem, segundo a assessoria da Anac, foram considerados aceitáveis para o número de passageiros, que aumenta muito nesta época do ano. A Anac também credita às condições climáticas parte do prejuízo na movimentação dos aeroportos, tanto na Região Norte, onde muitos ficaram fechados durante a manhã de ontem, como em São Paulo, onde ocorreram fortes chuvas no período da tarde.

A Operação Feliz 2009 foi deflagrada sexta-feira pelo Ministério da Defesa e incluiu a intensificação da fiscalização nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos (Grande SP), Galeão (RJ) e Brasília (DF). O esquema será aplicado pela Anac e Infraero até o dia 7 de janeiro. De acordo com a agência, as companhias aéreas TAM, Gol/Varig, OceanAir e Webjet enviaram documentos se comprometendo a cumprir o serviço de atendimento especial durante o período da operação.

De acordo com os dados da Infraero, no Rio, até as 20h de ontem, o Aeroporto Internacional Tom Jobim registrava atrasos em 29,5% das decolagens, o que significava que 38 dos 129 vôos não saíram no horário. Já no Santos Dumont, sete dos 43 vôos atrasaram. Em São Paulo, no Aeroporto de Congonhas, dos 162 vôos, 23,5% registravam atrasos. O maior percentual de atraso ocorreu em Brasília: 41,9% ontem (até 20h) e 70,4% no sábado. Por Flávio Freire, Gustavo Paul, Mônica Tavares e Rodrigo Vizeu - O Globo




IRÃ USA AVIÕES DA VENEZUELA PARA BURLAR SANÇÕES DA ONU


O Irã está usando suas boas relações com a Venezuela para se esquivar das sanções impostas pela Organização das Nações Unidas para limitar a expansão do programa nuclear iraniano, informou um jornal italiano neste Domingo.

O jornal La Stampa afirma que o Irã está usando aeronaves da companhia venezuelana Conviasa para transportar computadores e peças de máquinas até a Síria, para a construção de mísseis. As fontes seriam serviços de inteligência do Ocidente. Em troca das aeronaves, o Irã disponibilizou membros de sua guarda revolucionária para o treinamento da polícia e do serviço secreto da Venezuela, inclusive com a participação da polícia de elite iraniana, a unidade Al-Quds, de acordo com o diário italiano.

O material é produzido pelo grupo industrial iraniano Shahid Bagheri, listado pelo Conselho de Segurança da ONU por seu envolvimento no programa de mísseis do Irã, de acordo com a resolução 1737, de dezembro de 2006. Essa resolução instrui todos os países a "evitar o fornecimento, venda ou transferência" de todo material ou tecnologia que pode ser utilizado para o programa de enriquecimento nuclear do Irã e o desenvolvimento de armas que possam carregar armamento nuclear.

A Síria é um aliado próximo do Irã. Os dois países assinaram um pacto de cooperação militar em junho de 2006. O Irã nega que esteja desenvolvendo armas nucleares, afirmando que seu programa nuclear tem fins pacíficos. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já assinaram vários acordos de cooperação econômica. Os dois nutrem hostilidade pelos Estados Unidos e pela administração Bush e Chávez já apoiou o programa nuclear do Irã. As informações são da Dow Jones. Foto emprestada do Noticias 24



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Em troca das aeronaves, a polícia e o serviço secreto da Venezuela receberiam treinamento da guarda revolucionária iraniana - Agência Estado, Reuters – via
Portal RPC

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