
Obama herdou ferramentas que protegeram o país com sucesso por 2.688 dias. Se permitir que a rede recupere seus refúgios no Iraque e os utilize para atacar nosso país, ele não poderá culpar Bush.
Quando o presidente Bush deixou o gabinete, na terça-feira, a América registrou 2.688 dias sem um só ataque terrorista em seu solo. Restam 1.459 dias até o próximo mandato. Se Barack Obama estará nos degraus do Capitólio para tomar posse pela segunda vez, é algo que dependerá de ele conseguir ou não repetir a conquista de Bush.
Assim como o novo presidente recebe relatórios de inteligência, certos fatos devem ficar agora às claras: a Al-Qaeda está trabalhando ativamente para atacar nosso país de novo. E as políticas e instituições que George W. Bush colocou em prática para acabar com isso estão dando certo. Durante a campanha, Obama prometeu reverter muitas dessas políticas. Se ele enfraquecer qualquer das defesas que Bush colocou em marcha, e se os terroristas atacarem nosso país novamente, os americanos responsabilizarão Obama, e o Partido Democrata passará uma geração sem chances de vencer uma eleição.
Considere-se, por exemplo, o programa que Bush criou, na CIA, para deter e interrogar líderes capturados na guerra contra o terror. Muitos desses terroristas, inclusive o cérebro do 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, se recusaram a falar — até que Bush autorizou a CIA a melhorar as técnicas de interrogatório. A informação obtida permitiu a prevenção de um grande número de ataques: planos para explodir o consulado americano em Karachi (Paquistão), para lançar aviões contra as torres de Canary Wharf, em Londres, ou contra a Library Tower, em Los Angeles.
Durante a campanha, Obama descreveu as técnicas usadas como “tortura”. E prometeu que, se eleito, teria um “manual de técnicas de interrogatório para todo o pessoal do governo dos Estados Unidos e para terceirizados”. Foi fácil para o Obama candidato criticar o programa da CIA. Mas, como presidente, o que ele fará com o próximo líder da Al-Qaeda que for capturado e se recusar a falar? O presidente permitirá à CIA que interrogue esse terrorista com técnicas melhoradas? Se Obama se recusar e nosso país for atacado, ele arcará com a responsabilidade.
Considere o programa da Agência de Segurança Nacional (ASN) que monitora comunicações internacionais entre terroristas. Enquanto era senador, Obama votou contra a confirmação do diretor da agência, Michael Hayden, para liderar a CIA — porque, segundo ele, Hayden foi “o arquiteto e principal defensor de um programa de escuta isento de controle”. Em 2007, votou contra a Lei de Proteção da América, que foi temporariamente autorizada pela ASN. No ano passado, prometeu obstruir uma autorização de longo prazo, mas no último minuto mudou o voto. E prometeu: “Assim que eu for investido na Presidência, meu secretário de Justiça conduzirá uma exaustiva revisão de todos os nossos programas de observação, e vou fazer recomendações adicionais em quaisquer outros passos necessários para preservar as liberdades civis”. Agora que tomou posse, permitirá Obama que o programa continue até 2012, como autorizou o Congresso, quebrando a promessa feita à base liberal? Ou dará continuidade a sua prometida reforma e imporá novas restrições à ANS?
Obama enfrenta um dilema similar em relação ao Iraque. Bush o deixou com um Iraque estabilizado, onde a Al-Qaeda está em retirada, e as tropas americanas estão voltando para casa até o fim de 2011. O candidato Obama prometeu acelerar esse retorno e retirar todas as tropas americanas em 16 meses. O problema é que o general David Petraeus e o Estado-Maior não deverão recomendar uma retirada tão rápida e irresponsável. O que deixa para Obama duas opções: pode continuar com uma retirada mais lenta, como posta em marcha pelo presidente Bush, ou pode se sobrepor aos comandantes militares e fazer uma rápida retirada, passando por cima das objeções.
Em 2007, o presidente Bush revelou à inteligência que Osama bin Laden tinha instruído os líderes da Al-Qaeda no Iraque a formarem uma célula que conduzisse os ataques dentro dos Estados Unidos. Se Obama permitir que a rede recupere seus refúgios no Iraque, e se os terroristas os utilizarem para atacar nosso país, ele não poderá culpar Bush.
O presidente Obama herdou uma série de ferramentas que protegeram o país com sucesso por 2.688 dias, e não poderá desativar essas ferramentas sem se arriscar a consequências catastróficas. Na terça-feira, George W. Bush disse a uma animada multidão em Midland, Texas, que sua administração deixou o gabinete sem outro ataque terrorista. Quando Barack Obama voltar a Chicago, no fim de seu mandato, poderá dizer o mesmo?
Ex-assessor da Casa Branca e chefe da equipe que redigiu os discursos de George W. Bush, escreveu este artigo para o Washington post - Reproduzido pelo Correio Braziliense
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Ontem, publicamos para os nossos leitores do MOVCC, uma matéria muito chocante do Blog de Israel e do jornal italiano Corriere della Será, que denunciou sobre a enganação do Hamás e da mídia sobre o número de mortos em Gaza. O link é este: Palestinos acusam Hamás de causar mortes de civis.
Enquanto isto, a ONU ridícula continua forçando que Israel precisa ser investigada por crimes de guerra. A cada demonstração de apoio do “covil” (ONU) ao terrorismo, torna-se mais imperativo que o mundo acabe com a farsa dessa organização, uma excrescência encoberta pelo véu das boas intenções que, na verdade, serve apenas aos interesses abomináveis dos que tentam emporcalhar o Mundo. Por Gaúcho/Gabriela
O vídeo abaixo mostra os canais subterrâneos em Gaza. O material é do jornal Telegraph.co.uk, de uma reportagem de Damien McElroy, falando que Israel "vai retomar o bombardeio 'de Gaza se o Hamas reabrir os túneis para reconstituir o seu arsenal’. Se você não conseguir visualizar o vídeo aberto no blogue, clique aqui. Em seguida, você tem uma matéria muito interessante reproduzida pelo Estado de São Paulo, de Gilles Lapouge, de Paris.
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