Sua Alteza, o príncipe... Chávez. A assessoria do Planalto trocou ontem o nome do herdeiro do trono britânico pelo do presidente socialista da Venezuela, Hugo Chávez.
Uma visita marcada pela impontualidade, pela falta de luz e gafe
Na entrada do Planalto, Charles ficou surpreso ao não ser recebido por Lula, mas apenas pelos fotógrafos oficiais dos dois governos, e o José Sarney frustrou a foto de “recordação” dos britânicos
Uma visita marcada pela impontualidade, pela informalidade e pela falta de luz. O príncipe Charles e a duquesa Camilla Parker, tiveram atrasos de 15 a 30 minutos em todos os encontros com as principais autoridades brasileiras ontem no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Itamaraty.
Na saída do Congresso, foi a vez de Sarney cometer uma gafe, mesmo sem saber. O príncipe e a duquesa planejavam tirar uma foto sozinhos na rampa do Congresso, como recordação, mas um grupo de 50 autoridades políticas, incluindo o líder do Senado, acompanhou os dois na descida e o casal real desistiu da fotografia.
Na noite de terça-feira, a gafe foi do Palácio do Planalto, que divulgou na agenda impressa e por internet que o Lula da Silva receberia o príncipe Chaves — Charles Philip Arthur Chaves, em vez do sobrenome, George.
Depois desse encontro, o casal real seguiu para uma festa nos jardins da embaixada britânica (Garden Party), com cerca de 400 convidados. Entre os mais famosos estavam a atriz Patrícia Pillar e seu marido, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), e a ex-embaixatriz brasileira no Reino Unido, Lúcia Flecha de Lima — conhecida pela amizade com a princesa Diana.
Surpresa
Na entrada do Planalto, Charles ficou surpreso ao não ser recebido por Lula, mas apenas pelos fotógrafos oficiais dos dois governos. Lula, dona Marisa Letícia, e os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, os aguardavam no andar superior à rampa. Segundo as regras de protocolo e cerimonial, o herdeiro do trono britânico nem sequer deveria subir a rampa, já que não é chefe de governo ou Estado.
Os dois nem notaram o apagão em Brasília, que deixou a Esplanada dos Ministérios às escuras por cerca de 30 minutos. A iluminação no Palácio do Planalto foi garantida por meio de um gerador.
Enquanto isso, no Itamaraty, os funcionários enrolavam um tapete vermelho encharcado pela forte chuva, que atrasou o jantar previsto para as 19h30. Cerca de 45 minutos depois, Charles e Camilla tiveram de pisar o chão descoberto, mas seco. Correio Braziliense
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