A degola geral foi a única medida encontrada por José Sarney para tentar estancar a sucessão de escândalos no Senado.
Acossado pelas denúncias, Sarney tenta dar uma resposta não só à sociedade, mas também ao Ministério Público. Até agora, pelo menos cinco diretores da Casa foram flagrados em falcatruas.
As suspeitas de irregularidades, porém, não são uma exclusividade dos altos funcionários. Eles agem com a chancela dos detentores do mandato. A gastança não irá terminar se os senadores preservarem antigos vícios. Não fosse assim, Efraim Moraes não teria ordenado o pagamento de R$ 6,2 milhões em horas extras aos funcionários de gabinetes durante o recesso. Tampouco Sarney teria deslocado servidores da Casa para lhe prestar segurança particular em suas mansões no Maranhão.
Depois de ver a própria filha suspeita de envolvimento no desvio de passagens aéreas custeadas pela Casa, Sarney chegou a dizer que não daria mais explicações sobre a avalancha de suspeitas. Acabou interpelado pelo Ministério Público.
Na falta de argumentos plausíveis, Sarney e sua turma atribuem as denúncias ao senador Tião Vianna (PT-AC). Seria uma suposta vingança pela derrota na disputa pelo comando da Casa. A desconfiança até pode ter fundamento, mas nada justifica a sangria com dinheiro público. Afinal, o Congresso custa caro demais para tão pouco trabalho. Desde 2000 a produção não era tão irrisória. Apenas oito projetos foram votados este ano, enquanto deputados e senadores consumiram R$ 740 milhões. Klécio Santos – Zero Hora
AUXÍLIO-MORDOMIA
Enquanto isso, na Câmara, a farra do auxílio-moradia continua
Deputados embolsam os R$ 3 mil da ajuda de custo para se hospedar em Brasília, mesmo sendo donos de luxuosos imóveis em áreas nobres da cidade. Pelo menos 25 adotam essa artimanha.
Na declaração de bens dos deputados federais desfilam casas confortáveis em alguns dos mais tradicionais e caros bairros da capital federal e apartamentos no Plano Piloto, cujo metro quadrado pode chegar a R$ 10 mil. Apesar do patrimônio, pelo menos 25 proprietários de imóveis na cidade recebem da Câmara dos Deputados o auxílio-moradia no valor de R$ 3 mil mensais ou ocupam um dos apartamentos funcionais pertencentes à União: benesses criadas sob o pretexto de ajudar parlamentares de outros estados durante a estadia em Brasília.
Enquanto gastam o dinheiro público para “hospedar-se” na cidade onde possuem imóvel residencial, alguns deputados aproveitam para usufruir de um dos mercados imobiliários mais caros e promissores do país. Izabelle Torres - Correio Braziliense - Leia mais aqui
As suspeitas de irregularidades, porém, não são uma exclusividade dos altos funcionários. Eles agem com a chancela dos detentores do mandato. A gastança não irá terminar se os senadores preservarem antigos vícios. Não fosse assim, Efraim Moraes não teria ordenado o pagamento de R$ 6,2 milhões em horas extras aos funcionários de gabinetes durante o recesso. Tampouco Sarney teria deslocado servidores da Casa para lhe prestar segurança particular em suas mansões no Maranhão.
Depois de ver a própria filha suspeita de envolvimento no desvio de passagens aéreas custeadas pela Casa, Sarney chegou a dizer que não daria mais explicações sobre a avalancha de suspeitas. Acabou interpelado pelo Ministério Público.
Na falta de argumentos plausíveis, Sarney e sua turma atribuem as denúncias ao senador Tião Vianna (PT-AC). Seria uma suposta vingança pela derrota na disputa pelo comando da Casa. A desconfiança até pode ter fundamento, mas nada justifica a sangria com dinheiro público. Afinal, o Congresso custa caro demais para tão pouco trabalho. Desde 2000 a produção não era tão irrisória. Apenas oito projetos foram votados este ano, enquanto deputados e senadores consumiram R$ 740 milhões. Klécio Santos – Zero Hora
AUXÍLIO-MORDOMIA
Enquanto isso, na Câmara, a farra do auxílio-moradia continua
Deputados embolsam os R$ 3 mil da ajuda de custo para se hospedar em Brasília, mesmo sendo donos de luxuosos imóveis em áreas nobres da cidade. Pelo menos 25 adotam essa artimanha.
Na declaração de bens dos deputados federais desfilam casas confortáveis em alguns dos mais tradicionais e caros bairros da capital federal e apartamentos no Plano Piloto, cujo metro quadrado pode chegar a R$ 10 mil. Apesar do patrimônio, pelo menos 25 proprietários de imóveis na cidade recebem da Câmara dos Deputados o auxílio-moradia no valor de R$ 3 mil mensais ou ocupam um dos apartamentos funcionais pertencentes à União: benesses criadas sob o pretexto de ajudar parlamentares de outros estados durante a estadia em Brasília.
Enquanto gastam o dinheiro público para “hospedar-se” na cidade onde possuem imóvel residencial, alguns deputados aproveitam para usufruir de um dos mercados imobiliários mais caros e promissores do país. Izabelle Torres - Correio Braziliense - Leia mais aqui
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