Politicagem de Lula faz o BB perder R$ 5 BI em 2 dias

UM BAQUE IRREVERSÍVEL

A ingerência política sobre o Banco do Brasil (BB) já custou R$ 5,211 bilhões em valor de mercado à instituição em apenas dois dias. Essa é a desvalorização do BB na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) - considerando o preço de todas as suas ações - depois que o governo trocou Antonio Lima Neto por Aldemir Bendine na presidência do banco , com o intuito de forçar a queda do spread (diferença entre o custo de captação e os juros cobrados nos empréstimos).

Como mostra reportagem publicada neste sábado no Globo, na terça-feira, os acionistas do BB foram dormir com papéis de um banco que valia R$ 48,491 bilhões. Na quinta-feira, depois de uma queda acumulada das ações de 10,75% em dois dias (de 8,15% na quarta e mais 2,82% na quinta-feira), o banco passou a valer R$ 43,280 bilhões. No mesmo período, a Bolsa subiu 3,91% pelo Índice Bovespa (Ibovespa).

Para analistas, as ações do BB sofreram um baque irreversível: mesmo que recuperem o que perderam nos últimos dias, serão por muito tempo avaliadas com um "desconto" maior frente a seus concorrentes. Isso já ocorre com a Petrobras em relação a similares estrangeiras.

Para Álvaro Bandeira, economista-chefe da corretora Ágora, o caso é mais gritante pelo fato de o BB fazer parte do Novo Mercado da Bolsa, segmento de companhias com relações mais transparentes com os acionistas. E a empresa deve se pautar pela competitividade, para dar retorno ao investidor, afirmou. O Globo



LEIA TAMBÉM
A politização do Banco do Brasil
É um péssimo sinal a interferência direta e explícita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na gestão do Banco do Brasil (BB), especialmente quando a cúpula do governo se empenha de forma indisfarçável na campanha para a próxima eleição presidencial. Opinião do Estado de São Paulo




LULA JÁ ACUSOU FMI DE “GENOCÍDIO”
O Tesouro brasileiro vai colocar à disposição do Fundo US$ 4,5 bilhões

Na Marcha dos 100 mil, evento realizado em agosto de 1999 em Brasília por entidades sindicais e partidos de oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o então presidente de honra do Partidos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, acusou FHC de ser "marionete na mão dos especuladores". Na época da manifestação, que se tornou o maior ato contra o governo tucano, Lula não poupava críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em novembro do mesmo ano, Lula acusou os diretores do Fundo de genocídio. "Com sua política econômica, são responsáveis por milhares de crianças que morrem de fome no mundo." O Estado de São Paulo

Nenhum comentário: