Nem bem esfriou a polêmica visita que Mahmoud Ahmanejad faria ao Brasil, e o nosso 'chanceler das mandiocas', Celso Amorim, já se prepara para receber outro exemplar atômico no país: o chanceler Pak Ui-chun da Coréia do Norte - do país do "eixo do mal" – que ameaça o Mundo com os seus foguetes nucleares, violando sistematicamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O chanceler Pak Ui-chun também deu uma passadinha na segunda-feira, na democrática ilha cubana, onde fez um discurso emocionado visando estreitar seus laços de amizade com os progressistas daquele país:
“Coréia do Norte tem interesse em estreitar relações com Cuba, e juntos triunfarão em sua “luta antiimperialista”, afirmou Pak Ui-chun
O representante da sangrenta ditadura comunista da Coréia do Norte (que até hoje promove a execução de “inimigos do povo”), será recebido por Amorim no domingo ( 09), com uma agenda que o Itamaraty define extraoficialmente como "aberta e sem censura".
Não morremos de amores pela jornalista Eliane Castanhede. Pelo contrário. No entanto, ela é a única que está abordando sobre essa visita do Pak Ui-Chun ao Brasil. Portanto, publicamos seu texto abaixo. Por Arthur/Gabriela
VIVENDO PERIGOSAMENTE
O chanceler da Coreia do Norte, Pak Ui-Chun, vem aí.
Fica de domingo a terça, o suficiente para que os críticos da política externa brasileira continuem se esbaldando depois do fiasco da visita que não houve do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
A Coreia do Norte acaba de soltar um foguete e romper pactos de não proliferação nuclear. O Irã quer "varrer Israel do mapa", também tem programa nuclear e desenvolve um míssil. São do "eixo do mal".
Bush saiu, Obama entrou, mas essa expressão (ou ameaça) ficou. O princípio que norteia a aproximação de Brasília com dois países tão belicistas, isolacionistas e sob sanção da ONU é o de "ocupação de espaço". Em dois extremos: como ir à Lua ou chegar cedo à feira.
O mesmo princípio foi usado quando Lula foi à temida Líbia já em 2003, primeiro ano do primeiro mandato. Foi um deus-nos-acuda. O país mal saía do isolamento, depois de receber severas sanções do Conselho de Segurança da ONU por atentados terroristas de Estado, comandados ou avalizados por Muammar Gaddafi, ditador desde 1969 e, pelo visto, para sempre.
A justificativa do Planalto foi a cobiça: apesar de tudo, a Líbia tinha petróleo e dinheiro saindo pelo ladrão e não tinha onde gastar, nem interna nem externamente. O Brasil prontificava-se docemente a gastar essa bolada em infraestrutura, irrigação, desenvolvimento agrícola e o que mais coubesse. As condições do Irã e da Coreia do Norte hoje não são as mesmas da Líbia naquele momento.
Enquanto Gaddafi já estava em franco processo de distensão com EUA, Reino Unido, França e Japão, o Irã e a Coreia do Norte acabam de lançar (literalmente) mais provocações contra o mundo ocidental. Mas a ideia itamarato-palaciana da aproximação é bastante semelhante. Um discurso político, um objetivo econômico e o enorme esforço de sempre para estar passo a passo com as grandes potências. ELIANE CANTANHÊDE – Folha de São Paulo
O chanceler Pak Ui-chun também deu uma passadinha na segunda-feira, na democrática ilha cubana, onde fez um discurso emocionado visando estreitar seus laços de amizade com os progressistas daquele país:
“Coréia do Norte tem interesse em estreitar relações com Cuba, e juntos triunfarão em sua “luta antiimperialista”, afirmou Pak Ui-chun
O representante da sangrenta ditadura comunista da Coréia do Norte (que até hoje promove a execução de “inimigos do povo”), será recebido por Amorim no domingo ( 09), com uma agenda que o Itamaraty define extraoficialmente como "aberta e sem censura".
Não morremos de amores pela jornalista Eliane Castanhede. Pelo contrário. No entanto, ela é a única que está abordando sobre essa visita do Pak Ui-Chun ao Brasil. Portanto, publicamos seu texto abaixo. Por Arthur/Gabriela
VIVENDO PERIGOSAMENTE
O chanceler da Coreia do Norte, Pak Ui-Chun, vem aí.
Fica de domingo a terça, o suficiente para que os críticos da política externa brasileira continuem se esbaldando depois do fiasco da visita que não houve do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
A Coreia do Norte acaba de soltar um foguete e romper pactos de não proliferação nuclear. O Irã quer "varrer Israel do mapa", também tem programa nuclear e desenvolve um míssil. São do "eixo do mal".
Bush saiu, Obama entrou, mas essa expressão (ou ameaça) ficou. O princípio que norteia a aproximação de Brasília com dois países tão belicistas, isolacionistas e sob sanção da ONU é o de "ocupação de espaço". Em dois extremos: como ir à Lua ou chegar cedo à feira.
O mesmo princípio foi usado quando Lula foi à temida Líbia já em 2003, primeiro ano do primeiro mandato. Foi um deus-nos-acuda. O país mal saía do isolamento, depois de receber severas sanções do Conselho de Segurança da ONU por atentados terroristas de Estado, comandados ou avalizados por Muammar Gaddafi, ditador desde 1969 e, pelo visto, para sempre.
A justificativa do Planalto foi a cobiça: apesar de tudo, a Líbia tinha petróleo e dinheiro saindo pelo ladrão e não tinha onde gastar, nem interna nem externamente. O Brasil prontificava-se docemente a gastar essa bolada em infraestrutura, irrigação, desenvolvimento agrícola e o que mais coubesse. As condições do Irã e da Coreia do Norte hoje não são as mesmas da Líbia naquele momento.
Enquanto Gaddafi já estava em franco processo de distensão com EUA, Reino Unido, França e Japão, o Irã e a Coreia do Norte acabam de lançar (literalmente) mais provocações contra o mundo ocidental. Mas a ideia itamarato-palaciana da aproximação é bastante semelhante. Um discurso político, um objetivo econômico e o enorme esforço de sempre para estar passo a passo com as grandes potências. ELIANE CANTANHÊDE – Folha de São Paulo
Um comentário:
É a 'fase terceiro mundista do Itamaraty', se aliando com o que há de pior no mundo...
Realmente, nossa jurássica política
terceiro mundista está cada vez mais nos colocando em palpos de aranha e isso só beneficia a política esquerdista do lulla e de seus asquerosos amigos bolivarianos.
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