Brasil oferece R$ 3,5 bi a vizinhos sul-americanos

O RIDÍCULO É AJUDAR OS QUE NOS EXPLORAM

Linha de crédito funcionará como reserva contra a crise. Argentina e Uruguai mostram interesse. Paraguai e Bolívia se comprometeram a desembolsar US$ 100 milhões.

O Brasil propôs a seus sócios sul-americanos a criação de linhas de crédito entre os países da região, nos moldes da linha de swap de dólares por reais atualmente em vigência com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O crédito será de três anos, e os juros ainda não foram definidos. A iniciativa foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após encontro com seus colegas de pasta do continente em Buenos Aires, no qual também foram encerradas as negociações para a criação do Banco do Sul. Segundo o ministro, inicialmente as novas linhas de crédito regionais poderão alcançar em torno de R$ 3,5 bilhões.


— Nossa intenção é chegar a R$ 10 bilhões, mas temos de ver que países estão interessados — disse Mantega, que na noite anterior discutira o novo instrumento financeiro com o ministro da Economia argentino, Carlos Fernández, e com o presidente do Banco Central do país, Martín Redrado, já que a Argentina é um dos países mais interessados em fechar um swap de reais por pesos com o Brasil.

— Será um reforço neste momento de crise e de escassez de recursos financeiros. Nós nos preparamos para esta crise e podemos nos reforçar uns aos outros — disse o ministro.

Segundo ele, a linha de swap entre países sul-americanos “poderá ser usada para alguma eventualidade. No Brasil, não usamos os US$ 30 bilhões (do Fed, o BC americano), mas reforça a situação do país”. O ministro disse ainda que, além da Argentina, o Uruguai também manifestou interesse em negociar um swap com o Brasil.

Em relação ao Banco do Sul, com sede em Caracas, ficou acertado que o capital inicial será de US$ 7 bilhões. Os governos de Brasil, Argentina e Venezuela injetarão US$ 2 bilhões. Já Uruguai e Equador contribuirão com US$ 400 milhões. Paraguai e Bolívia se comprometeram a desembolsar US$ 100 milhões. - O Globo - Janaína Figueiredo

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