Poupança: Governo quer vencer batalha da comunicação e enganar o povo, diz FreireNão há dúvida de que o governo vai reduzir o rendimento da poupança, mas ele tenta esconder isso. A análise é do presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freire, que participou, nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, do seminário sobre as mudanças na caderneta organizado pela bancada federal e pela direção do partido.
"O governo quer ganhar a batalha da comunicação. Não quer admitir que estávamos numa iminência de intervenção (na poupança), tal como no governo Collor, claro que não com as mesma medida (confisco). Iríamos, de novo, ser pegos de surpresa", disse Freire, frisando que o PPS cumpriu seu papel de alertar, em suas inserções partidárias e no programa da legenda em rede nacional de rádio e TV, que o governo Lula vai mexer na poupança.
As peças do partido provocaram intensa reação do governo e do PT, que acusaram o PPS de irresponsável. Para Freire, isso mostra claramente que a mudança na poupança vai ocorrer e em prejuízo da população.
Agora, alerta, o governo tenta arrumar uma estratégia para se explicar à sociedade. "Não tenho dúvida de que vão diminuir a remuneração da poupança. Engraçado que quando os bancos e os especuladores tinham altos lucros ninguém falava em aumentar o rendimento da caderneta", critica Freire, rebatendo o principal argumento do governo de que é preciso evitar que os aplicadores de fundos de investimento, que viram o rendimento cair com a crise e com a queda dos juros, migrarão em massa para a poupança, provocando um desequilíbrio econômico.
Na avaliação do presidente do PPS, a hegemonia do mercado e da economia sobre a política agravou a crise que vivemos. "Grande parte da crise que vivemos se dá devido a falta de intervenção política (na economia), com a idéia de que o mercado tudo resolvia", afirmou.
Além de Freire, participaram do debate o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC); o economista-chefe da CM Capital Markets e analista do Portal Alternativa Brasil, Tony Volpon; e o economista Flávio Basílio, da UnB. Portal do PPS
Leia também:
Poupança: influência dos banqueiros sobre o governo é escandalosa
"O governo quer ganhar a batalha da comunicação. Não quer admitir que estávamos numa iminência de intervenção (na poupança), tal como no governo Collor, claro que não com as mesma medida (confisco). Iríamos, de novo, ser pegos de surpresa", disse Freire, frisando que o PPS cumpriu seu papel de alertar, em suas inserções partidárias e no programa da legenda em rede nacional de rádio e TV, que o governo Lula vai mexer na poupança.
As peças do partido provocaram intensa reação do governo e do PT, que acusaram o PPS de irresponsável. Para Freire, isso mostra claramente que a mudança na poupança vai ocorrer e em prejuízo da população.
Agora, alerta, o governo tenta arrumar uma estratégia para se explicar à sociedade. "Não tenho dúvida de que vão diminuir a remuneração da poupança. Engraçado que quando os bancos e os especuladores tinham altos lucros ninguém falava em aumentar o rendimento da caderneta", critica Freire, rebatendo o principal argumento do governo de que é preciso evitar que os aplicadores de fundos de investimento, que viram o rendimento cair com a crise e com a queda dos juros, migrarão em massa para a poupança, provocando um desequilíbrio econômico.
Na avaliação do presidente do PPS, a hegemonia do mercado e da economia sobre a política agravou a crise que vivemos. "Grande parte da crise que vivemos se dá devido a falta de intervenção política (na economia), com a idéia de que o mercado tudo resolvia", afirmou.
Além de Freire, participaram do debate o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC); o economista-chefe da CM Capital Markets e analista do Portal Alternativa Brasil, Tony Volpon; e o economista Flávio Basílio, da UnB. Portal do PPS
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