Teerã defende laços com região

O Irã defendeu ontem seu direito de manter laços com a América Latina, numa aparente resposta às críticas feitas na semana passada pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre a aproximação de Teerã com países da região.

"Temos laços com países latino-americanos nos âmbitos cultural, econômico e político", afirmou o porta-voz da chancelaria, Hasan Ghashghavi, ressaltando que Teerã tem o "direito" de manter esse tipo de vínculos com a região. Na sexta-feira, Hillary expressou preocupação com o avanço do Irã e da China na América Latina durante o mandato de George W. Bush."Não creio que isso seja favorável aos nossos interesses", declarou. AFP - O Estado de São Paulo



FOI AHMADINEJAD QUEM DESISTIU?
Até o momento não existe uma explicação sensata para o cancelamento da visita do presidente iraniano ao Brasil.

Publicamos ontem um
material informando que faria parte da agenda de Lula e Ahmadinejad, assinarem acordos para a venda de quantidades de urânio ao Irã, com operações que abrangeriam a cooperação nuclear secreta, e vendas e trocas recíprocas de produção de armas nucleares e de peritos. Um negócio criado por Hugo Chávez e pelo czar russo Sergei Kiriyenko



MATERIAL DO PEYAMNER DE HOJE, 05 DE MAIO
O convite para o presidente do Irã visitar o Brasil, o maior país da América Latina, aconteceu em novembro do ano passado, quando o Brasil pela primeira vez em 17 anos enviou o seu ministro de Negócios Estrangeiros à Teerã, e após sua empresa estatal, a Petrobrás, iniciar a exploração em águas do Irã do Mar Cáspio.

O representante democrata, Eliot Engel, de Nova York, que preside a subcomissão que supervisiona as relações com a América Latina, disse em uma entrevista (antes da viagem de Ahmadinejad ser cancelada) que ele estava muito desapontado com a “jogada” de Lula.


"Ao invés de Lula rejeitar o presidente do Irã, a quem a maioria considera um pária, parece ser recompensador para o Brasil receber uma pessoa como ele", afirmou Engel, que também é co-presidente do Caucus Congressional Brasil. "Isso torna muito mais difícil para pessoas como eu que querem que os EUA melhorem sua relação com o Brasil.” Francamente, me faltam palavras para explicar isso. “


DISTÚRBIO
Irã e Venezuela na semana passada assinaram um acordo para aprofundar os laços militares após uma série de promoções que incluem o desenvolvimento e financiamento bilateral de um banco com US $ 200 milhões de capital inicial. O Irã também prometeu investimentos no setor da energia e da indústria petroquímica para Chávez e seus aliados, Equador e Bolívia.

A postura de Lula, líder da maior economia da América Latina, coloca o Irã sobre um novo plano diplomático na região. Até mesmo para os defensores da política externa do governo brasileiro, eles acreditam que, abraçando Ahmadinejad, Lula está indo longe demais. “É um erro e inadequado", disse Roberto Abdenur, que foi embaixador de Lula em Washington entre 2004 a 2007. - "O que este homem diz, contradiz completamente com o que o Brasil defende e representa, com seu compromisso com a paz e seu repúdio ao anti-semitismo", disse Abdenur.


IMPACTO NEGATIVO
Lula está subestimando o impacto negativo que a visita poderia causar nos EUA, onde Clinton já ameaçou com sanções, se Teerã não fizer esforços diplomáticos para limitar seu programa nuclear, bem como outros países que apoiarem o Irã. Na vizinha Argentina, a presidente Cristina Fernández de Kirchner foi empurrando o Irã de lado, e entregou cinco ex-funcionários que estariam envolvidos no bombardeio do centro comunitário judaico em 1994, que matou 85 pessoas. Isso para não falar dos grupos terroristas como o Hezbollah que têm crescido na zona fronteiriça entre Argentina, Brasil e Paraguai.
Peyamner



NOSSO PALPITE
Somos da opinião de que a visita do presidente iraniano foi cancelada pelo Brasil, por pressão dos EUA.

Essa possibilidade, longe de criar qualquer animosidade entre as duas bestas (Lula/ Ahmadinejad), apenas impõe um recuo estratégico em suas intenções nesse momento. Afinal, o Brasil tem o que o Irã quer de qualquer jeito: reserva de urânio. Além do mais, com a imprensa mundial fazendo essa marcação “homem-a-homem” em cima do encontro, não é nada bom para os “negócios”.

Não imagino que tipo de sanção os EUA podem impor ao país, até porque a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil. Eles devem ter ameaçado a esperança de Lula em ter um assento na ONU.

O PERIGO
O líder iraniano combina fanatismo com inteligência tecnológica, o que é um perigo sem precedentes para o Mundo; e o iletrado Lula combina ignorância com soberba, o que também é perigo quando se tem o “chumbo para o fabrico da bola de canhão”. A aproximação entre esses desses dois, só pode significar muita inquietação como afirmou os EUA.

Quem ganha efetivamente com a presença de Ahmadinejad no Brasil é o seu aliado número 01: Chávez - o “cara”, lá no Irã. Ao mesmo tempo em que ele vai conseguir indispor o Brasil com os EUA. Por Arthur/Gabriela


Leiam esse material publicado ontem, pelo Políbio Braga:
CHÁVEZ PLANTA SILOS NA FRONTEIRA COM O BRASIL - Dica do Blog By Mel




MESMO SEM AHMADINEJAD, EMPRESÁRIOS IRANIANOS MANTÊM RODADA E NEGÓCIOS

Apesar do cancelamento da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, diversas autoridades iranianas virão ao país para encontros no Banco Central e no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o Itamaraty, também está mantido encontro empresarial entre executivos dos dois países hoje (5), em São Paulo.

A nova data da visita ainda não foi marcada, mas o governo brasileiro confirma o interesse em aprofundar relações com o Irã. “Nosso interesse no fortalecimento da relação é o reconhecimento de um país importante, com potencial de ser um grande parceiro brasileiro, comercial e econômico, e um ator político fundamental na região”, afirmou o embaixador Roberto Jaguaribe, subsecretário-geral de Assuntos Políticos II do Itamaraty, ao anunciar o cancelamento da visita de Ahmadinejad.

São esperados cerca de 150 empresários brasileiros e mais de 100 executivos iranianos, para rodadas de negócios e reuniões setoriais nas áreas de petróleo, gás e petroquímica, comércio, energia elétrica, indústria e mineração

O Brasil é o oitavo fornecedor do Irã, com uma diversificada pauta de exportações que vai de alimentos a carros e minérios. As pequenas importações de produtos iranianos concentram-se em produtos como sal, enxofre, frutas secas, tapetes, peles e combustíveis. O Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty identifica como áreas potenciais para as exportações brasileiras serviços de engenharia (para construção de hidrelétricas), eletrificação, equipamentos médicos e hospitalares, plásticos e materiais de construção. Quanto às importações de produtos iranianos, são apontadas como áreas potenciais fertilizantes e alguns segmentos de petroquímica. Correio Braziliense



AJUDA DISTANTE
O Itamaraty está ajudando a construir um conjunto poliesportivo... na Palestina.
Ao lado de Índia e África do Sul, doou US$ 1 milhão para melhorar a vida dos estudantes em Ramallah. - Sonia Racy - O Estado de São Paulo

2 comentários:

José de Araújo Madeiro disse...

Afinal, o que nós brasileiros estamos precisando do Irã? O que o Irã pode nos oferecer de vantajoso, a não ser confusões pelo Oriente Médio, contra o povo judeu, integrado à cultura ocidental. Lula pensa que somos uns trouxas. Nada precisamos dele e do Hugo Chaves, nem de ciências, muito menos de Petróleo. Esse Lula com a sua Caterva devem aprender a respeitar o povo brasileiro. Que vá estudar e para observar o que é um povo democrata e civilzado e não se misturar com essas víboras que não querem a paz, mas o poder total e derramamento de sangue. Lula deve entender que ainda estamos vivos e que o Brasil é o maior patrimônio material que possuímos. Para nós, sómente Deus é superior ao Brasil e por isto sempre serão a razão da nossa vitória.

Arthur disse...

Hoje em Damasco, Ahmadinejad voltou à carga e chamou Israel de "micróbio destruidor", e ameaçou varrer o páis (Israel) do mapa:

O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad lançou nesta terça-feira em Damasco uma nova crítica virulenta a Israel, qualificado de "micróbio destruidor", sinônimo de "ocupação" e de "agressão".


"Os ocupantes sionistas são micróbios destruidores, pois o sionismo em si significa a ocupação, a agressão, o assassinato e o aniquilamento", declarou Ahmadinejad durante uma entrevista coletiva junto com seu colega sírio, Bachar al-Assad.

"O sionismo foi criado para ameaçar. Apoiar a resistência palestina é um dever humanitário e popular.