Popularidade inexplicável

Tentei enumerar, ontem, os escândalos na gestão de Lula e, mesmo recorrendo aos arquivos da internet, tive dificuldades para resumi-los, porque, empilhados, formam uma montanha. Paradoxalmente, quanto mais falcatruas aparecem na gestão petista mais o presidente se blinda. Para não ser enfadonho recorrerei aos mais graúdos: Escândalo do Mensalão, Caso Waldomiro Diniz, Escândalo dos Correios, Operação Sanguessuga, Escândalo dos Bingos, Quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo, Brasil Telecom, Caso Daniel Dantas e Grampos da ABIN.

E mais: Dólares de Cuba, Gamecorp, Dólares na cueca, SEBRAE (caso Paulo Okamoto), Caso Marka/FONTECINDAM, Corrupção no diretório nacional do PT, a República de Ribeirão Preto, Irregularidades no Fome Zero, Escândalo das ONGs, Caso Henrique Meirelles, Caso Cássio Caseb, Escândalo do Dossiê da família de FHC, Escândalo dos Cartões Corporativos e, para não esquecer, a compra do Aerolula pela bagatela de US$ 56,7 milhões. Por Magno Martins


Dá para acreditar que tudo isso se passou num governo eleito em nome da moralidade e da ética? Dá para entender que o presidente é filiado a um partido que, como oposição no passado, se apresentava como a palmatória do mundo? Não dá, claro. Mas mesmo assim, Lula está aprovado, tem quase 90% de aceitação no Nordeste, onde se transformou no “Pai dos pobres”. Nem mesmo uma tese sociológica seria capaz de explicar tamanha contradição.


COMENTÁRIO
Nada explica essa decadência moral que dá altos índices de popularidade ao Lula da Silva. Temos a impressão de que a exaustiva repetição de escândalos, corrupção e atentados contra a ordem, promovidas pelo próprio governo, acabaram por danificar o padrão de conduta dos brasileiros de mente fraca - da maioria, diga-se de passagem - que elege Lula como sua representação máxima.

É sabido que os eleitores de Geraldo Alckmin jamais que votariam no Lula. Consideradas as faculdades mentais normais, qualquer eleitor com a mínima consciência, impede que se aprove um homem que é a própria síntese da deterioração dos valores morais que constroem e sustentam uma sociedade sadia.

De qualquer modo, apesar das pesquisas apontarem para esta decadência, nossa interrogação continua: Se Lula é de fato tão popular assim, por que ele não se atreve a entrar num estádio de futebol, ou a encarar uma Sapucaí, como aconteceu no Carnaval passado?

Se nem ele, Lula, acredita em sua própria popularidade, por que nós temos de acreditar? Por Gabriela/Arthur