Assentamento de 4 mil cocaleiros ameaça a segurança no Acre e Rondônia

AMEAÇA A SEGURANÇA

Enquanto Lula fica se imiscuindo nos problemas da vizinha Colômbia, fazendo coro com o lunático do Chávez, vendo ameaça aonde não existe, dois Estados brasileiros correm grande perigo de fato com os projetos do índio cocaleiro, que afora estar usando da violência para expulsar agricultores brasileiros do território boliviano, está colocando em risco nossas fronteiras ao criar assentamentos para plantação de coca, o que irá incentivar ainda mais a violência e o crime na região. E Lula preocupado com Uribe. Tenha santa paciência! Por Arthur/Gabriela



POPULAÇÃO ACREANA VAI FICAR EXPOSTA COM AÇÃO DO TRÁFICO NAS CIDADES DE FRONTEIRA
Somente no final de semana, quatro aviões da Força Aérea Boliviana aterrissaram no Aeroporto Internacional de Pando, com centenas de cocaleros, que ocuparão os lotes de terras na fronteira do Acre. O governo central da Bolívia está incentivado reforma agrária nestas áreas fronteiriças, através de um projeto oficial de ocupação da faixa de fronteira. As famílias de plantadores de coca devem ocupar cem mil hectares, nesta primeira etapa do projeto ambicioso. Tal medida, no entanto, trará impacto negativo, ao Acre e Rondônia, Estados que possuem altos índices de violência, por causa do tráfico de drogas e armas.

O projeto político do presidente da Bolívia, Evo Morales, pode trazer mais riscos para a população do Acre. A transferência de quatro mil plantadores de coca, para a fronteira do Acre e Rondônia, pode significar à maior ameaça a segurança da população do dois estados. Segundo informações de vereadores de Brasiléia, na manhã de domingo 09, aviões da Força Aérea Boliviana, aterrissaram em Cobija, com centenas de famílias de campesinos, que ocuparão lotes da fronteira do Acre.

O presidente Evo Morales está incentivado à ocupação de propriedades na fronteira, através de projeto oficial. As famílias de plantadores de coca devem ocupar cem mil hectares. Tal medida trará impacto negativo, ao Acre e Rondônia, Estados que possuem altos índices de violência.

O deputado Walter Prado (PSB) em outras oportunidades alertou ao Governo do Acre, sobre os perigos que representava o tráfico. Segundo o parlamentar a atividade criminosa seria responsável pelo recrutamento de aproximadamente 20 mil pessoas, em todo o Estado e movimentaria uma facção criminosa que recepta e usa veículos roubados em todo País, como moeda de troca em países de fronteira.

As plantações de coca são responsáveis pelo sustento de grande parte das famílias bolivianas, disseminado a cultura do cultivo em todos os departamentos do País. A chegada da cultura à fronteira através do projeto político do presidente Evo Morales, vai trazer prejuízos, tanto a Rondônia, quanto ao Acre, estados que servem como rota do tráfico internacional e ação de quadrilhas de roubo de veículos.

Segundo as informações obtidas pelo parlamentar a manobra faz parte de um plano político do governo boliviano para tentar inibir a oposição que propões a independência de alguns departamentos bolivianos. Segundo ainda, Walter Prado, ele vai tentar uma audiência com o governador Binho Marques, onde vai expor a situação e cobrar uma posição do Governo Federal, que deverá se manifestar a respeito do perigo que os acreanos ficarão expostos com o cultivo da coca na fronteira.

O projeto de Morales deve se concretizar ainda este ano e os primeiros plantadores serão recrutados na periferia de La Paz. O projeto de assentamento do presidente boliviano é justificado politicamente sob a bandeira da soberania do país vizinho que teme a ocupação da área por famílias brasileiras, e também de perder mais território para o Brasil.

Com está posição o presidente Evo Morales pretende mostrar as autoridades brasileiras seu descontentamento com episódios recentes como das refinarias da Petrobras, e a questão histórica da tomada do Acre por forças militares brasileiras. O prazo estabelecido pelo governo Morales é até 15 de dezembro, período que antecede as eleições bolivianas. Promovendo o assentamento das famílias de campesinos, Morales pretende resolver dois problemas com um único projeto; sua manutenção no comando da Bolívia e neutralizar as correntes políticas, que lutam pela independência do Departamento de Pando.

Os planos de Evo Morales são ambiciosos, a ocupação da fronteira está acontecendo com requintes militares, os brasileiros radicados em território boliviano estão sendo expulsos e os plantadores de coca chegam a Cobija em aviões da força aérea boliviana, e são transportados em ônibus, passando pelo território acreano, ocupando de imediato, terras que pertenciam a agricultores brasileiros, na zona 3, que compreende a fronteira de Plácido de Castro e Capixaba. Os brasileiros residentes nesta área estão sendo deportado pela força militar boliviana, com coordenação da Organização Internacional para Migrações (OIM), que US$ 10 milhões, para promover o reassentamento, mas age junto com a força militar boliviana, ameaçando as famílias de posseiros.

Os problemas agravados pela onde de violência, que sacudiu as cidades do Acre, podem piorar. Os milhares de plantadores de coca, jogados em terras desconhecidas, com pouca assistência governamental, além de incentivar o tráfico em terras brasileiras, terão peso nas estatísticas que envolvem a criminalidade. Walter Prado levará ao conhecimento das autoridades do Acre a atual situação, temendo pela fragilidade das fronteiras acreanas, diante do poder dos cartéis e grupos que movimentam o tráfico de drogas, o deputado formalizará um documento que será enviado às instituições, pedindo um posicionamento da diplomacia brasileira nesta questão que envolve a segurança da população do Estado.

“Já temos problemas em demasia, não podemos correr mais um risco por rixas políticas. Convivemos diariamente com a violência crescente em nossas ruas, este projeto do governo boliviano, trará perigos iminentes a todos os acreanos. As fronteiras são frágeis, com pouco, ou quase nenhum contingente federal, para impedir a invasão de traficantes e cartéis que movimentam o tráfico internacional. Precisamos de atenção especial, somos a entrada e saída do País. Vivemos entra a cruz e a espada, correndo riscos maiores que o da maioria dos estados brasileiros. Nossos problemas só tendem a aumentar, ocorrendo à explosão da violência, tão evidenciada em nossas ruas todos os dias”, finaliza Prado.
Planeta Acre



BRASILEIROS EXPULSOS. O ESTOPIM ESTÁ ACESO
Representantes de todos os partidos, sindicatos, igrejas, prefeituras, vereadores e instituições, uma reunião nesta segunda-feira no auditório da Aleac deu início à criação da Frente Parlamentar Acre-Pando para solucionar o problema dos brasileiros que residem na faixa de fronteira da Bolívia e que estão sendo expulsos do país.

O deputado Moisés Diniz (PC do B), um dos articuladores da Frente, explica que a ideia é juntar os governos, parlamentares e magistrados do Acre e de Pando para buscar, primeiro, uma alternativa para a permanência dos agricultores brasileiros na Bolívia e, em segundo, cuidar para que sejam bem recebidos no Brasil caso a primeira alternativa não dê resultado.

O prazo para a retirada das famílias, segundo informações obtidas pelo superintendente do Incra, Raimundo Cardoso, é até 15 de dezembro para quem reside entre Plácido de Castro e Brasileia e até maio para os residentes até a divisa com Rondônia. O órgão, segundo ele, já iniciou processo de vistoria em 18 propriedades para fins de desapropriação ou aquisição para assentamento das famílias. As áreas visadas somam cerca de 200 mil hectares.

Um dos primeiros problemas a ser superado pelo comitê é obter o número exato de famílias na mira do governo boliviano. Dados transmitidos ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil indicam a existência de 1500 famílias brasileira na Bolívia, das quais apenas 243 passíveis de expulsão

Os agricultores, que também participaram da reunião, temem que por falta de informações, aconteça uma tragédia. “O estopim está aceso, só falta alguém jogar um pouco de gasolina para uma revolta se tornar em tragédia”, avalia o pastor Jairo de Souza Carvalho. “Cada família de seringueiros possui pelo menos duas espingardas, então eles já estão armados”, afirma.

Por esta razão, serão agendadas reuniões em cada um dos municípios fronteiriços no alvo dos bolivianos: Plácido de Castro, Capixaba, Brasileia/Epitaciolândia/Assis Brasil. Representantes de Capixaba, que ameaçavam fechar a BR-317, vão promover um churrasco para receber o comitê Na próxima quinta-feira o comércio deverá fechar as portas por três horas em solidariedade aos agricultores.

Indenizações - O deputado Walter Prado (PSB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleac, está preparando um relatório sobre a situação dos agricultores na Bolívia. O relatório será encaminhado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, do Senado e ao Ministério da Justiça, bem como outros organismos mundiais de defesa dos Direitos Humanos, inclusive à ONU (Organização das Nações Unidas).

Prado disse que está surpreso com a ONU, pois um de seus braços auxiliares, a Organização Internacional para Migrações (OIM), está atuando com truculência no deslocamento das famílias de brasileiros. Além disso, Prado quer saber o que está sendo feito com os dez milhões de dólares que o Governo brasileiro repassou à OIM e que deveriam custear o deslocamento das famílias. “Não estão indenizando ninguém e ainda extorquem e fazem ameaças”, acusa o deputado.

Segundo relato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Plácido de Castro, Francisco de Assis, quando alguém pergunta aos funcionários da OIM o que acontecerá caso não queiram deixar suas terras, a resposta é a mesma: então podem ir preparando o peito para a bala.

“Eles usam um uniforme com o emblema da OIM e são de cinco nacionalidades diferentes, mas não tem nenhum brasileiro”, informa Sebastião Vieira de Pinho, presidente da Associação dos Seringueiros de Plácido de Castro. Sebastião, 42, mora desde os três anos em uma propriedade de mil hectares onde sobrevive do extrativismo de borracha e castanha. “Toda a produção de borracha de Plácido de Castro vem dos seringais da Bolívia”, explica. No ano passado a associação, de 40 famílias, produziu 150 toneladas de borracha e 29 mil latas de castanha.

O vereador Raimundo Lacerda (PC do B) de Brasileia, também teme que os ânimos se exaltem nas colocações mais distantes por falta de comunicação. “Tem gente que passa seis meses sem vir à cidade e pode ser vítima de especuladores interessados em ficar com suas propriedades. Tem muitos falando que não vão sair. Além disso, a população de Brasileia está indignada e querendo expulsar os bolivianos. Aí vão médicos, dentistas, enfermeiros que trabalham lá”, disse.

Agenda - As assessorias dos deputados já estão trabalhando para organizar as agendas de reuniões e viagens para concretizar a Frente Parlamentar Acre-Pando. Pelas contas de Moisés Diniz, entre o fim de agosto e começo de setembro Rio Branco deve receber uma comissão de legisladores, juízes e representantes do governo interino de Pando.

Em seguida, o governador do Acre, a Aleac e representantes do Tribunal de Justiça se deslocam até Pando e consolida a Frente. Até lá serão realizadas três reuniões de deputados e agricultores com a participação da bancada federal do Acre. Constituída a Frente, também será agendada uma viagem a Brasília e outra a La Paz e será enviado um convite para o embaixador boliviano em Brasília faça uma visita ao Acre.
Página20 Online

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