Influenza A - Médicos dizem que não há kits

A grande demanda por kits para confirmar ou descartar o diagnóstico da Influenza A (H1N1) já afetou os estoques do Laboratório Central de Saúde do Distrito Federal (Lacen), segundo alguns infectologistas relataram ao Correio. A Subsecretaria de Vigilância à Saúde, que não confirma a denúncia dos médicos, diz que não pode repassar informações sobre os instrumentos que integram o exame. O produto teria se esgotado há dois dias na capital federal.

Na condição de não ser identificada, uma médica de um hospital da rede pública disse que os kits — compostos de um grande cotonete denominado swab e de recipiente para coletar as amostras das secreções da narina e faringe — já não são encontrados há dois dias na cidade. “Sem esses instrumentos, não podemos confirmar se o paciente está ou não infectado com a gripe A. Há dois dias, tenho solicitado ao Lacen, mas estou enfrentando dificuldade em obtê-los”, confirmou a profissional de saúde.

O problema também é confirmado pelo infectologista Marcone Pinhati, do Hospital Santa Luzia. “Para conseguir os kits, temos recorrido, algumas vezes, a outros meios. Mas essa dificuldade é compreensível, pois houve um grande aumento de solicitação do material de coleta”, opina Pinhati.

Ao contrário do relato dos médicos, o pediatra Marco Antônio Alves, que trabalha no setor de doenças infecciosas do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), diz não ter encontrado nenhuma dificuldade para obter os kits de diagnósticos com o Lacen. “Não tive nenhum problema”, disse, lembrando que três crianças encontram-se internadas com suspeitas da influenza A em apenas um dos andares do HRT.

Depois de receber o kit de diagnóstico do Lacen, o profissional realiza a coleta no paciente e, em seguida, envia ao laboratório local, que remeterá ao Adolfo Lutz (SP) para confirmar ou destacar a gripe A. (RC) Correio Braziliense



POR PRECAUÇÃO, EMBAIXADAS DE 11 PAÍSES ESTOCAM REMÉDIOS
Para garantir acesso de seus cidadãos ao remédio contra a gripe suína, alguns países mandaram o Tamiflu para suas embaixadas no Brasil. Onze representações confirmaram ter reserva suficiente pelo menos para funcionários e suas famílias.

Tiveram essa precaução, pelo menos, França, Bélgica, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Alemanha, Tailândia, Canadá, Austrália, EUA e Japão.

Os três últimos já tinham estoques pensando em pandemias anteriores; os demais receberam neste ano. O Reino Unido confirmou que fez o pedido à sede, e a Itália, que deve receber na próxima semana.

A maioria recebeu Tamiflu para eventual necessidade só de seus funcionários. Ao menos uma tem o remédio para praticamente toda a comunidade (mais de 15 mil pessoas), mas não divulga para evitar pânico.

A Embaixada da Tailândia é uma das abertas a sua comunidade. O Tamiflu fica na residência do embaixador e é suficiente para dez pessoas -10% dos tailandeses no país.

Nenhum dos países latino-americanos listados entre as 15 nações com mais mortes, segundo dados oficiais, enviou medicamento ao Brasil. O Ministério da Saúde brasileiro cogita enviar o Tamiflu para embaixadas no exterior. Por Johanna Nublat, Folha de S. Paulo



O AVANÇO DA PANDEMIA PRESSIONA HOSPITAIS E O SISTEMA DE SAÚDE
Enquanto a vacina de gripe suína não chega, o número de doentes aumenta e ameaça ultrapassar a capacidade do sistema de saúde brasileiro. O que fazer?

"Nas últimas semanas, comecei a ver no hospital uns casos muitos esquisitos, casos estranhos como nunca vi na vida", diz o infectologista Paulo Olzon, de 62 anos. A observação não é corriqueira. Olzon é professor da Escola Paulista de Medicina e infectologista desde 1971. Leia mais na
Revista Época



GRIPE A 1 – NADA DE MAROLINHA
A gripe suína espalha-se no Brasil a passos largos e sem olhar a cara das vítimas. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, é mais um que está com Influenza A no Rio. Há quase duas semanas não vai ao trabalho. E olha que, diferentemente da maioria da população, o médico tomou Tamiflu, quando teve sintomas de agravamento. Por Ricardo Boechat

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