O presidente Jimmy Carter afirmou na terça-feira que o racismo estava por trás da explosão do parlamentar republicano, na semana passada, quando Obama dirigiu uma sessão conjunta do Congresso e foi chamado de “mentiroso”.
"Hoje, é tudo baseado em racismo - a crítica ao plano de Obama de cuidados da saúde ou o que seja." O ex-presidente da On Fox News Newt Gingrich acrescentou: "Eu acho que é muito destrutivo para a América a sugestão de que não podemos criticar um presidente sem que seja um ato racial". A questão é a credibilidade de Obama, não sua etnia.
Quando Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, alguns sugeriram que a raça teria sido um fator de seu sucesso. As pessoas "procuraram" eleger um presidente negro por causa da nossa história de escravidão e de negação dos direitos civis dos negros durante tantos anos. Nunca foi "racismo" votar em alguém porque ele é negro. Só é racismo se opor à política de um democrata negro. Por Cal Thomas
As avaliações de aprovação do presidente, de sua ascensão e queda, por alguns dos seus apoiantes no jornalismo e na política estão regressando aos velhos tempos, quando o rótulo de "racista" poderia acabar com qualquer discussão e forçar ao arrependimento, ou então, o acusado atordoado seria mantido em silêncio.
Eu suspeito que a tática não vá funcionar neste momento porque os partidários de Obama terão dificuldades em explicar como que um país de maioria branca pode eleger um presidente negro em novembro passado e 10 meses mais tarde, tornar-se uma maioria racista.
O racismo sempre foi uma via de mão única à esquerda. Quando Clarence Thomas foi nomeado para a Suprema Corte, alguns liberais chamaram-no de um "lenço branco na cabeça de negro" e de "tio Tom". Segundo a doutrina liberal, os negros nunca podem ser racistas porque eles são membros de uma classe-vítima, criada por liberais brancos como uma espécie de engenho moderno para manter os votos dos negros para os democratas liberais.
A ex-secretária de Estado, Condoleezza Rice, negra como Obama, cresceu em Birmingham, no Alabama, na altura da 16th Street Baptist Church, lugar que já foi bombardeado por membros da Ku Klux Klan, que mataram alguns de seus amigos. Ela tem mais "street cred" (uma espécie de pontuação anual das antigas comunidades de negros para medir o respeito) que outros que afirmam tê-lo, mas ela ficou sem os pontos dos democratas liberais, quando ela subiu a escada do poder e da influência. Foi o mesmo com Colin L. Powell. A esquerda o criticou fortemente por ele acrescentar credibilidade à alegação de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, e assim, ganhar a aprovação das Nações Unidas para usar a força, se necessário, contra o ditador iraquiano.
Por acaso foram racistas aqueles que se opuseram ao Powell? Os opositores agora estão aplicando a mesma fórmula a Obama diante de sua política – o projeto de cuidados de saúde e pelo montante de dívida que ele vai gerar-, coisa que está sendo interpretada como racismo.
Obama está sendo tratado como qualquer outro político, o que prova que ele tem tratamento igual. Ele está recebendo o mesmo calor que todo presidente recebe, mais cedo ou mais tarde. Estranho seria se os americanos se esquivassem de criticá-lo por causa da etnia.
Algumas pesquisas de opinião mostram que o caráter de Obama é que está sendo julgado e sendo considerado deficiente por um número crescente de norte-americanos, e também por uma pequena percentagem dos negros.
Com os democratas controlando todos os três ramos do governo, incluindo as margens significativamente amplas no Congresso, a explicação do racismo não convence, só porque o presidente está tendo dificuldades com algumas das suas propostas. Se o racismo é a causa de suas dificuldades, então deve haver muitos parlamentares democratas que são racistas, porque eles têm o poder de decretar a agenda do presidente, mas alguns estão relutantes em fazê-lo.
O Pew Research Center constatou uma queda de 10 por cento de votos na aprovação de Obama, que inclui um declínio de 3 por cento entre os negros. Como o colunista negro conservador Star Parker tem escrito: "Se assumirmos que isso reflete os 16 milhões de negros que votaram a favor de Obama em novembro passado, uma mudança de três pontos significa que há cerca de meio milhão de negros que agora têm remorso do voto que deram". São racistas estes eleitores negros de Obama?
Existe uma explicação melhor para a crescente oposição a Obama. E tem menos a ver com a sua etnia do que com a sua credibilidade. O personagem, afinal, é incolor.
Cal Thomas é um colunista. The Washington Times, LLC – Tradução de Arthur Mc para o MOVCC
"Hoje, é tudo baseado em racismo - a crítica ao plano de Obama de cuidados da saúde ou o que seja." O ex-presidente da On Fox News Newt Gingrich acrescentou: "Eu acho que é muito destrutivo para a América a sugestão de que não podemos criticar um presidente sem que seja um ato racial". A questão é a credibilidade de Obama, não sua etnia.
Quando Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, alguns sugeriram que a raça teria sido um fator de seu sucesso. As pessoas "procuraram" eleger um presidente negro por causa da nossa história de escravidão e de negação dos direitos civis dos negros durante tantos anos. Nunca foi "racismo" votar em alguém porque ele é negro. Só é racismo se opor à política de um democrata negro. Por Cal Thomas
As avaliações de aprovação do presidente, de sua ascensão e queda, por alguns dos seus apoiantes no jornalismo e na política estão regressando aos velhos tempos, quando o rótulo de "racista" poderia acabar com qualquer discussão e forçar ao arrependimento, ou então, o acusado atordoado seria mantido em silêncio.
Eu suspeito que a tática não vá funcionar neste momento porque os partidários de Obama terão dificuldades em explicar como que um país de maioria branca pode eleger um presidente negro em novembro passado e 10 meses mais tarde, tornar-se uma maioria racista.
O racismo sempre foi uma via de mão única à esquerda. Quando Clarence Thomas foi nomeado para a Suprema Corte, alguns liberais chamaram-no de um "lenço branco na cabeça de negro" e de "tio Tom". Segundo a doutrina liberal, os negros nunca podem ser racistas porque eles são membros de uma classe-vítima, criada por liberais brancos como uma espécie de engenho moderno para manter os votos dos negros para os democratas liberais.
A ex-secretária de Estado, Condoleezza Rice, negra como Obama, cresceu em Birmingham, no Alabama, na altura da 16th Street Baptist Church, lugar que já foi bombardeado por membros da Ku Klux Klan, que mataram alguns de seus amigos. Ela tem mais "street cred" (uma espécie de pontuação anual das antigas comunidades de negros para medir o respeito) que outros que afirmam tê-lo, mas ela ficou sem os pontos dos democratas liberais, quando ela subiu a escada do poder e da influência. Foi o mesmo com Colin L. Powell. A esquerda o criticou fortemente por ele acrescentar credibilidade à alegação de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, e assim, ganhar a aprovação das Nações Unidas para usar a força, se necessário, contra o ditador iraquiano.
Por acaso foram racistas aqueles que se opuseram ao Powell? Os opositores agora estão aplicando a mesma fórmula a Obama diante de sua política – o projeto de cuidados de saúde e pelo montante de dívida que ele vai gerar-, coisa que está sendo interpretada como racismo.
Obama está sendo tratado como qualquer outro político, o que prova que ele tem tratamento igual. Ele está recebendo o mesmo calor que todo presidente recebe, mais cedo ou mais tarde. Estranho seria se os americanos se esquivassem de criticá-lo por causa da etnia.
Algumas pesquisas de opinião mostram que o caráter de Obama é que está sendo julgado e sendo considerado deficiente por um número crescente de norte-americanos, e também por uma pequena percentagem dos negros.
Com os democratas controlando todos os três ramos do governo, incluindo as margens significativamente amplas no Congresso, a explicação do racismo não convence, só porque o presidente está tendo dificuldades com algumas das suas propostas. Se o racismo é a causa de suas dificuldades, então deve haver muitos parlamentares democratas que são racistas, porque eles têm o poder de decretar a agenda do presidente, mas alguns estão relutantes em fazê-lo.
O Pew Research Center constatou uma queda de 10 por cento de votos na aprovação de Obama, que inclui um declínio de 3 por cento entre os negros. Como o colunista negro conservador Star Parker tem escrito: "Se assumirmos que isso reflete os 16 milhões de negros que votaram a favor de Obama em novembro passado, uma mudança de três pontos significa que há cerca de meio milhão de negros que agora têm remorso do voto que deram". São racistas estes eleitores negros de Obama?
Existe uma explicação melhor para a crescente oposição a Obama. E tem menos a ver com a sua etnia do que com a sua credibilidade. O personagem, afinal, é incolor.
Cal Thomas é um colunista. The Washington Times, LLC – Tradução de Arthur Mc para o MOVCC
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