Um Nobel Alternativo

TRÊS DISSIDENTES IRANIANOS CONDENADOS À MORTE

Suponhamos que o Nobel da Paz deste ano tivesse ido para o grande número de iranianos que estão sendo julgados por terem protestado contra a fraudulenta reeleição de Mahmoud Ahmadinejad em junho passado. Para os três acusados condenados à morte durante este fim de semana, um Nobel poderia ter feito toda a diferença no último minuto. No mínimo, poderia ter validado sua luta.

Nossos amigos de Oslo tinham uma idéia diferente, o que significa que o destino dos três estudantes acusados, conhecidos oficialmente por suas iniciais MZ, AP e NA, estão à mercê dos tribunais de apelação e do supremo iraniano. É uma esperança frágil em um país que é o principal verdugo de jovens, e cujos dirigentes se tornaram ainda mais truculentos com os dissidentes desde a eleição. The Wall Street Journal

A esperança é também frágil, porque a Administração Obama minimizou a importância dos direitos humanos no Irã, já que persegue um acordo nuclear negociado com o governo de Ahmadinejad. Sem nenhuma explicação, o Departamento de Estado retirou, este mês, o financiamento do Centro de Documentação do Irã e de uma equipe dos Direitos Humanos de Connecticut, New Haven, que vinha investigando a situação dos iranianos, agora no banco dos réus, incluindo o acadêmico iraniano-americano Kian Tajbakhsh e o repórter da Newsweek Maziar Bahari.

Em suas observações no Rose Garden sobre o Nobel, o presidente Obama falou sobre "a jovem que marcha em silencio pelas ruas em nome de seu direito de ser ouvida, mesmo diante de agressões físicas e balas." A referência elíptica é seguramente sobre Neda Agha-Sultan, de 27 anos de idade, cujo assassinato em junho passado por um dos esquadrões de Ahmadinejad foi capturado em um vídeo visto em todo o mundo.

Esperamos que o presidente tenha em conta que as mesmas pessoas cuja boa fé ele busca agora, nas negociações, foram seus assassinos. Opinião
The Wall Street Journal

Tradução de Arthur para o MOVCC

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