Estratégia será alegar questões humanitárias; na Itália, comemoração com decisão de Gilmar
O governo brasileiro deverá manter Cesare Battisti no país, por questões humanitárias. Diante da decisão do Supremo, o governo estuda agora uma solução diplomática e jurídica para que o ex-ativista fique no Brasil, mas não na condição de refugiado político. Para o governo, foi uma vitória o fato de a maioria do STF reconhecer que a palavra final sobre extradição cabe ao presidente, como defendera o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Um ministro petista confirmou ao GLOBO que a tendência do presidente Lula é manter Battisti por questões humanitárias. A expectativa é que, com essa solução, se evite um conflito com o governo italiano.
— Ninguém no governo acha que Battisti deve voltar à Itália — disse um interlocutor de Lula. O Globo
Oficialmente, o governo evita antecipar a decisão de Lula, mas lembra a posição inicial de Tarso.
— O STF reconheceu que a decisão sobre Battisti cabe ao presidente.
Esta já era uma avaliação do ministro Tarso Genro desde o começo.
Mas ainda não há posição sobre qual será a decisão do presidente — disse o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Ontem à noite, ao ser informado da decisão, Lula evitou fazer comentários.
Mas, nos últimos dias, principalmente depois de sua rápida passagem pela Itália no fim de semana, Lula consolidou a convicção de que a melhor saída seria a permanência de Battisti no Brasil. Tarso se disse surpreso com a ambiguidade da decisão do STF: — Estou satisfeito porque a minha argumentação de que os objetivos da ação eram políticos, isso está cristalizado no voto do ministro Gilmar (Mendes). De outra parte, surpreso porque não foi tirada a consequência legal, constitucional, que isso determina — disse Tarso, antes mesmo da proclamação do resultado final.
A decisão do Supremo dividiu a opinião de parlamentares governistas e de oposição. Para o líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza (SP), o STF não deveria nem ter discutido o assunto.
Já o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), acha que o STF deveria não apenas aprovar a extradição, mas também determinar que Lula cumprisse a ordem.
— Não fica bem para o Supremo opinar sobre uma questão que ele não vai decidir, que é de decisão do Presidente da República. O Supremo ficou menor — disse Vacarezza.
— Aplaudo a decisão do STF, mas não vejo por que deixar essa decisão nas mãos do presidente. Ele (Battisti) é criminoso comum — reagiu Caiado.
Na Itália, o voto de Gilmar Mendes foi comemorado. O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, disse ter recebido a notícia com grande satisfação.
Sobre o caso ser decidido por Lula, ele afirmou “não ter dúvidas de que o governo de um país amigo só irá tomar nota da decisão”.
— É uma mera formalidade — disse o ministro. — Quando falamos de moralidade, esta está acima de todas as relações que se tem com um país, inclusive das econômicas. O mérito é do governo e do povo amigo do Brasil.
La Russa elogiou a reação do Parlamento italiano, que aplaudiu a decisão de Gilmar Mendes: — Com o aplauso de todo o Parlamento demonstrou-se que o sistema da Itália respeita a democracia e os direitos civis.
Em Roma, o Ministro das Relações Exteriores do país, Franco Frattini, também comemorou a decisão de Gilmar Mendes. “Meu primeiro pensamento se dirige às famílias das vítimas de Battisti, que veem, enfim, reconhecido seu direito legítimo de obter justiça”, declarou o ministro em nota.
O governo brasileiro deverá manter Cesare Battisti no país, por questões humanitárias. Diante da decisão do Supremo, o governo estuda agora uma solução diplomática e jurídica para que o ex-ativista fique no Brasil, mas não na condição de refugiado político. Para o governo, foi uma vitória o fato de a maioria do STF reconhecer que a palavra final sobre extradição cabe ao presidente, como defendera o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Um ministro petista confirmou ao GLOBO que a tendência do presidente Lula é manter Battisti por questões humanitárias. A expectativa é que, com essa solução, se evite um conflito com o governo italiano.
— Ninguém no governo acha que Battisti deve voltar à Itália — disse um interlocutor de Lula. O Globo
Oficialmente, o governo evita antecipar a decisão de Lula, mas lembra a posição inicial de Tarso.
— O STF reconheceu que a decisão sobre Battisti cabe ao presidente.
Esta já era uma avaliação do ministro Tarso Genro desde o começo.
Mas ainda não há posição sobre qual será a decisão do presidente — disse o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Ontem à noite, ao ser informado da decisão, Lula evitou fazer comentários.
Mas, nos últimos dias, principalmente depois de sua rápida passagem pela Itália no fim de semana, Lula consolidou a convicção de que a melhor saída seria a permanência de Battisti no Brasil. Tarso se disse surpreso com a ambiguidade da decisão do STF: — Estou satisfeito porque a minha argumentação de que os objetivos da ação eram políticos, isso está cristalizado no voto do ministro Gilmar (Mendes). De outra parte, surpreso porque não foi tirada a consequência legal, constitucional, que isso determina — disse Tarso, antes mesmo da proclamação do resultado final.
A decisão do Supremo dividiu a opinião de parlamentares governistas e de oposição. Para o líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza (SP), o STF não deveria nem ter discutido o assunto.
Já o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), acha que o STF deveria não apenas aprovar a extradição, mas também determinar que Lula cumprisse a ordem.
— Não fica bem para o Supremo opinar sobre uma questão que ele não vai decidir, que é de decisão do Presidente da República. O Supremo ficou menor — disse Vacarezza.
— Aplaudo a decisão do STF, mas não vejo por que deixar essa decisão nas mãos do presidente. Ele (Battisti) é criminoso comum — reagiu Caiado.
Na Itália, o voto de Gilmar Mendes foi comemorado. O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, disse ter recebido a notícia com grande satisfação.
Sobre o caso ser decidido por Lula, ele afirmou “não ter dúvidas de que o governo de um país amigo só irá tomar nota da decisão”.
— É uma mera formalidade — disse o ministro. — Quando falamos de moralidade, esta está acima de todas as relações que se tem com um país, inclusive das econômicas. O mérito é do governo e do povo amigo do Brasil.
La Russa elogiou a reação do Parlamento italiano, que aplaudiu a decisão de Gilmar Mendes: — Com o aplauso de todo o Parlamento demonstrou-se que o sistema da Itália respeita a democracia e os direitos civis.
Em Roma, o Ministro das Relações Exteriores do país, Franco Frattini, também comemorou a decisão de Gilmar Mendes. “Meu primeiro pensamento se dirige às famílias das vítimas de Battisti, que veem, enfim, reconhecido seu direito legítimo de obter justiça”, declarou o ministro em nota.
2 comentários:
aaah já sei!!! ele terá um cargo no possível, LIBERA NOS DOMINE, governo da guerrilheira. Ela deve dar a ele o cargo de ministro da justiça ou farão uma secretaria pelos direitos dos marginalizados assassinos, bandido em geral.
Jà tem um projeto de um petralha, para que a truculenta policia NÃO prenda pequeno traficante, tudo no esquema!
Não há como não extraditar o italiano, o STF é a última estancia.
Ou Lula cumpri a decisão do STF ou poderá sofrer intervenção. O governo italiano já ameaça o Brasil com uma representação na Côrte internacional de Haia. Agora a questão é internacional e envolver quebra de acordo de extradição e isso é muito grave. O Brasil já está respondendo uma representação na Côrte internacional impetrada por Honduras, por dar abrigo a Zelaya,caso venha sofrer mais uma representação por interferir em assuntos internacionais, aí então será o fim.Lula brinca de Deus todo poderoso,mas não passa de um duende paspalhão.
Postar um comentário