Estudante é morto em protesto na Venezuela

Um estudante universitário venezuelano foi morto ontem com um tiro na cabeça durante um protesto pelo racionamento de gasolina e eletricidade no Estado de Táchira, oeste da Venezuela, informou José Vicente Sánchez, reitor da Universidade Nacional Experimental (Unet).

Segundo o reitor, Jesús Eduardo Ramírez Bello era estudante do segundo semestre de engenharia mecânica. Ele acrescentou que outros 11 estudantes ficaram feridos no confronto entre opositores e partidários do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

"Exigimos às autoridades competentes uma investigação e a punição dos culpados", disse Vicente Sánchez, acrescentando que o incidente ocorreu durante um confronto com estudantes da estatal Universidade Bolivariana da Venezuela. "Não creio que estudantes da Bolivariana estavam armados. Supostamente havia alguém infiltrado", declarou o reitor, acrescentando que o choque ocorreu perto da saída da Unet na Avenida Universidade, que fica na diagonal à rua da Universidade Bolivariana.

Vicente Sánchez disse desconhecer o motivo do confronto, mas o atribuiu à violência vivida no país. "Isso é consequência de como dividiram o país ? os que estão com o governo e os que não estão. Devemos chamar à reflexão para reduzir o nível de violência."

Segundo a imprensa local, o confronto ocorreu aproximadamente às 10h30 quando um grupo de estudantes, que incluía Ramírez, protestava pelo racionamento de combustível em Táchira e pelos constantes apagões, que provocaram atrasos no calendário escolar. Os choques foram contidos pela Guarda Nacional, que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Notícia se espalhou mundo afora. Hugo Chávez, que propala sua amizade ao presidente Lula, defende a invasão de pelo menos 31 propriedades. O total passa dos 19 mil hectares. O tema é “recuperação das terras”. Quando Hugo Chávez fez isso, enalteceu a amizade com o presidente brasileiro. Lula gosta que forças americanas usem o direito de proteger a maioria dos povos contra invasões. O Estado de S. Paulo - AP e AFP, Caracas


ASSASSINATOS
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