A política de contratações do governo Lula, que deve aumentar em mais de 100 mil os postos na administração direta até o fim do ano, foi criticada ontem por economistas e políticos em debate sobre reforma fiscal na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). "O nome desse fenômeno é desperdício", afirmou o economista Paulo Rabello de Castro, presidente da RC Consultores e do Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomércio SP.
Segundo ele, a avaliação que se faz no setor público da necessidade de contratação não reflete as necessidades futuras, mas tão somente a necessidade do presente. "Quando o contratado entra no emprego público, ele tem uma perspectiva de se perpetuar naquela condição. Essa é a fonte do tremendo desperdício e da tendência ao déficit crescente no setor público, que vai gerar mais impostos e uma diminuição dos empregos no setor privado." Por Marcelo Rehder
O professor Yoshiaki Nakano, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), observou que a folha de salários do governo federal cresce algo como R$ 20 bilhões a cada ano. Ele ressaltou que o funcionário público fica em média 40 anos na folha de pagamentos do governo. Para ele, esse dinheiro deveria ser destinado a investimento para saneamento, para controlar problemas de enchentes ou para melhorar o transporte público, entre outros.
"A escolha que está sendo feito pelo governo é entre pagar funcionários que ficam sentadinhos em suas escrivaninhas em Brasília, gerando serviços na ponta que sabemos que o Estado brasileiro produz, ou investir R$ 20 bilhões por ano e resolver os problemas básicos que a população enfrenta atualmente", afirmou Nakano.
O economista comentou que a máquina pública já é absurdamente inchada. "Mais do que isso, eu tenho absoluta certeza e aposto que quase todos esses novos funcionários estão indo para a retaguarda, e não para o trabalho efetivo de fiscalização que é necessário", disse Nakano.
Para o ex-senador pelo DEM de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, "este é um gasto que vai deixar marcada a administração do presidente Lula como perdulária e ineficiente".
Na avaliação dele, o impacto na economia é muito grande, porque cria uma herança pesada para o sucessor do atual governo.
"Queremos cortar gastos correntes, e não investimentos em infraestrutura e em serviços básicos como educação e segurança", disse Bornhausen. "Tanto é que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) andam em passo lento de tartaruga. Esta não é uma boa política, é uma política de curto prazo para satisfazer partidários e não a sociedade brasileira como um todo." O Estado de S. Paulo
Segundo ele, a avaliação que se faz no setor público da necessidade de contratação não reflete as necessidades futuras, mas tão somente a necessidade do presente. "Quando o contratado entra no emprego público, ele tem uma perspectiva de se perpetuar naquela condição. Essa é a fonte do tremendo desperdício e da tendência ao déficit crescente no setor público, que vai gerar mais impostos e uma diminuição dos empregos no setor privado." Por Marcelo Rehder
O professor Yoshiaki Nakano, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), observou que a folha de salários do governo federal cresce algo como R$ 20 bilhões a cada ano. Ele ressaltou que o funcionário público fica em média 40 anos na folha de pagamentos do governo. Para ele, esse dinheiro deveria ser destinado a investimento para saneamento, para controlar problemas de enchentes ou para melhorar o transporte público, entre outros.
"A escolha que está sendo feito pelo governo é entre pagar funcionários que ficam sentadinhos em suas escrivaninhas em Brasília, gerando serviços na ponta que sabemos que o Estado brasileiro produz, ou investir R$ 20 bilhões por ano e resolver os problemas básicos que a população enfrenta atualmente", afirmou Nakano.
O economista comentou que a máquina pública já é absurdamente inchada. "Mais do que isso, eu tenho absoluta certeza e aposto que quase todos esses novos funcionários estão indo para a retaguarda, e não para o trabalho efetivo de fiscalização que é necessário", disse Nakano.
Para o ex-senador pelo DEM de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, "este é um gasto que vai deixar marcada a administração do presidente Lula como perdulária e ineficiente".
Na avaliação dele, o impacto na economia é muito grande, porque cria uma herança pesada para o sucessor do atual governo.
"Queremos cortar gastos correntes, e não investimentos em infraestrutura e em serviços básicos como educação e segurança", disse Bornhausen. "Tanto é que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) andam em passo lento de tartaruga. Esta não é uma boa política, é uma política de curto prazo para satisfazer partidários e não a sociedade brasileira como um todo." O Estado de S. Paulo
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