O deputado Carlos Sampoio (PSDB-SP) apresentou seu relatório no processo aberto no Conselho de Ética da Câmara contra Jaqueline Roriz (PMN-DF).
Egresso do Ministério Público, Sampaio opinou pela cassação do mandato da colega, pilhada em video recebendo verbas sujas do mensalão brasiliense do DEM.
Para Sampaio, o dinheiro recebido por Jaqueline, por ter origem ilícita, fere o decoro parlamentar. Anotou:
"O que está em jogo é a dignidade do Parlamento. O conceito de vantagem indevida deve ser entendido de forma ampla…”
“…Vantagem imoral ou injustificada é indevida e, por isso, atentatória ao decoro parlamentar".
Jaqueline admitiu ter beliscado o numerário. Classificou-o como caixa dois, verbas de campanha não contabilizadas.
Alegou que, como não era deputada à época, não pode ser acusada de quebra de decoro parlamentar.
“Não é possível que alguém que não seja parlamentar atente ao decoro parlamentar", sustentou o advogado da acusada, José Eduardo Alckmin. Sampaio deu de ombros.
O parecer do relator terá de ser votado no Conselho de Ética. Na improvável hipótese de ser aprovado, o pedido de cassação vai ao plenário da Câmara.
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