"Tenho vontade de ver a Dilma morta", diz produtor rural desesperado, expulso da sua terra. E afirma: " vai morrer gente lá".



No último dia de prazo para desocupação voluntária da terra indígena Marãiwatsédé, na região de Alto Boa Vista (1.064 quilômetros de Cuiabá), a Justiça Federal indeferiu um requerimento pela suspensão da desintrusão.

Em sua decisão, o juiz federal substituto Marllon Sousa, argumenta caber à 1ª Vara Federal apenas estabelecer os parâmetros de como a retirada dos não-índios será realizada. Ressalta também que os recursos ainda pendentes no processo não têm efeitos suspensivos. Desde a meia noite, todos os não-índios já deveriam ter saído da área de 165 mil hectares demarcados como propriedade dos xavantes.

A principal resistência tem ocorrido no distrito de Posto da Mata, núcleo urbano da Gleba Suiá Missú. Produtores rurais e moradores bloquearam a BR-158 para impedir o acesso das tropas do Exército e da Força Nacional que estão em Alto Boa Vista, já equipados com caminhões e máquinas que auxiliarão nos trabalhos de despejo. Ontem, um ônibus transportando soldados tentou aproximação, mas foi impedido de entrar no distrito e retornou ao município.

Esta foi a segunda tentativa de contato entre os responsáveis pela “força-tarefa” de desintrusão que não obteve êxito. O monitoramento da área tem sido feito principalmente por ar, com um helicóptero. Membros da Associação de Produtores Rurais da Gleba Suiá Missú (Aprosum) se reuniram para discutir o que fazer daqui por diante. Eles têm afirmado que a resistência será pacífica, mas não descartam a possibilidade de um confronto violento, caso não consigam reverter a situação. (Diário de Cuiabá)

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