Brasil doará vacina de gripe suína a países em desenvolvimento

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Doar aquilo que não temos, e nem teremos para atender a todos

Graças à política mequetrefe do governo federal, no combate à gripe suína, mais de 1000 brasileiros morreram, colocando o país em primeiríssimo lugar em mortes no mundo. Lembram que a medicação foi recolhida das farmácias, né?

Tanto assim, que a Defensoria Pública da União e o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro anunciaram que estavam denunciando o governo, no começo deste mês, junto a diversos órgãos, por suposta omissão e pela adoção de política equivocada no combate à epidemia. Inclusive, a Defensoria pretendia responsabilizar criminalmente as autoridades sanitárias.

Agora, o megalômano se comprometeu a doar 10% das nossas doses de vacina, que sequer estão prontas, e que segundo o presidente da Fundação Instituto Butantã, Isaías Raw, o Brasil não terá capacidade de produzir vacinas para todos

Também já li sobre a próxima fase da epidemia que deverá ser ainda mais agressiva. Atualmente, o Brasil tem pouco mais de 9 milhões de tratamentos para gripe suína, suficiente apenas para atender a cerca de 5% da população. Ou seja, não temos estoque nem para o tratamento básico da gripe.

O que será que leva Lula a pensar que o Brasil já ultrapassou a linha dos países em desenvolvimento? Sua promessa é uma sentença de morte para os brasileiros, como se fosse pouca coisa o numero de óbitos até agora. Por Arthur/Gabriela


A MATÉRIA
A Organização Mundial da Saúde confirmou ontem a oferta de nove países -o Brasil entre eles- de doar 10% de suas doses de vacina contra a chamada gripe suína a países em desenvolvimento.

O anúncio foi feito pelos EUA no fim da semana passada, em coordenação com Austrália, Brasil, França, Itália, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido e Suíça.

"Isso mostra o compromisso desses países com a justiça em dividir recursos escassos em um momento em que a pandemia de gripe H1N1 de 2009 continua evoluindo", disseram porta-vozes da organização.

A OMS considera os estoques atuais de vacina inadequados para atender à demanda mundial. O organismo ligado à ONU alertou para uma "segunda onda" da pandemia com a chegada do inverno no hemisfério Norte, em dezembro. Por ora, o número de casos na região é estável de forma geral.

A gripe suína também recua em áreas temperadas do hemisfério Sul -caso de uma boa porção do Brasil-, embora permaneça disseminada em áreas mais quentes. Bolívia e Venezuela -a primeira com significativa população indígena, mais vulnerável- continuam a ver aumentarem os pacientes.

Até o último dia 13, data da atualização mais recente, havia 296.471 casos da doença no mundo, com pelo menos 3.486 mortes. A OMS alerta, no entanto, que os números são subestimados, já que muitos dos doentes não chegam a ir ao hospital. Folha de S. Paulo